Coisa de gente grande

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Com investimentos de R$ 2 milhões, Vollmens lança fragrâncias microencapsuladas

Uma das apresentações mais aguardadas do Vollmens Business Meeting, o encontro virtual realizado pela casa de fragrâncias brasileira entre os dias 19 e 23 de outubro de 2020, aconteceu quando o gestor de tecnologia e Inovação, Sérgio Galucci, apresentou com exclusividade para os clientes da empresa, as Voll Caps, a tecnologia de  microencapsulamento de fragrâncias exclusiva da Vollmens.

Foram dois anos de desenvolvimento, que consumiram investimentos de R$ 2 milhões de reais e a produção de 1500 microcápsulas para o processo de aprimoramento da tecnologia, que resultou em um processo exclusivo de polimerização – o processo do microencapuslamento – que é realizado dentro da fábrica da Vollmens em Saltinho, no interior de São Paulo.

Um dos mais respeitados profissionais técnicos do mercado, com mais de 25 anos de atuação na área de pesquisa e tecnologia de casas como IFF, Natura (na qual foi responsável pela pesquisa dos óleos essenciais exclusivos da empresa) e Givaudan, Sérgio chegou à Vollmens como consultor, especialmente para conduzir o desenvolvimento das Voll Caps e, desde o ano passado, responde por toda a área de P&D da empresa brasileira.

O encapsulamento da fragrância oferece maior estabilidade e proteção aos ingredientes, garantindo que o perfume possa ser entregue  por até seis meses após a sua aplicação numa roupa, por exemplo, algo impossível para um produto com fragrância tradicional, cujas matérias-primas voláteis, se dissipam no ambiente.

Embora sejam utilizadam de forma comercial pelo mercado de fragrância desde 2004, as tecnologias de microencapsulamento de fragrâncias sempre foram dominadas pelas grandes casas multinacionais, o que sempre deu a elas (e aos seus grandes clientes) uma vantagem competitiva importante, particularmente nos mercados de amaciantes e detergentes para roupas, que de acordo com dados da IFRA, órgão de autorregulação do mercado global de fragrâncias, responde por algo entre 80% e 90% do consumo de fragrâncias encapsuladas no mundo todo.

Em que pese o foco inicial nesses dois segmentos, a Vollmens tem planos de expandir a tecnologia para aplicação em outros segmentos, em especial os de higiene pessoal e beleza. “Acredito que com esse desenvolvimento, a Vollmens dá um passo muito grande no mercado. Diria que ela entra para a Champions League”, disse o mestre-perfumista Paulo Fonseca, em referência ao principal torneio de clubes de futebol do mundo.

Responsável pela criação da coleção de fragrâncias microencapsuladas da casa brasileira, Paulo explicou que a lógica da criação de uma fragrância que será encapsulada é diferente da utilizada no processo tradicional de criação de um perfume, que coloca o desenho da emoção em primeiro lugar. “O perfume para cápsula obedece primeiro a uma busca por materiais que ofereçam determinadas condições físico-químicas. Só depois de atestadas essas condições é que vem a emoção, que tipo de perfume eu quero criar”, contou o perfumista.

Em resumo, não é qualquer criação que pode ser encapsulada. Mas Paulo, trabalhou ao longo do processo de desenvolvimento para criar uma coleção de fragrâncias que abarca um amplo espectro olfativa, com temas florais, frutais, cítricos, aromáticos e até uma inspiração do Oud, um ingrediente celebrado pela perfumaria fina mundial, reinterpretado para a aplicação em cápsulas.

Sérgio Galucci explica que o desafio do encapsulamento está não só na escolha da combinação de fragrância com o material escolhido para realizar o microencapsulamento, mas o próprio processo de encapsulamento, que é onde a Vollmens mais aportou recursos no decorrer do processo. Além da estabilidade do material, a performance das fragrâncias desenvolvidas por Paulo para a Vollmens foram largamente testadas para responder ao gosto dos consumidores brasileiros.

Para a apresentação, a Vollmens enviou aos seus clientes duas toalhas, lavadas com amaciantes formulados com Voll Caps em 25/9. Durante a apresentação, Sergio demostrou a performance da tecnologia. Ao abrir o saco e sentir a toalha diretamente, é possível sentir um leve perfume, que “explode” quando se fricciona levemente a peça.

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