Educar para proteger

O maior desafio da indústria e dos dermatologistas é conseguir inserir o uso do filtro solar diariamente na vida das pessoas


Na tarde da última terça-feira, 04 de agosto, foi realizado mais um Workshop Atualidade Cosmética. Com o tema: “Proteção Solar: Cenários e tendências”, o evento aconteceu em São Paulo, e contou com a presença de importantes profissionais da indústria dos cosméticos, além do diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dr. Sérgio Schalka.

No primeiro debate, cujo tema era “o desafio para polarizar o protetor solar”, o médico dermatologista Sérgio, o consultor André Elias e a diretora técnica e proprietária da Corazza Inteligência em P&D Cosmética, Sônia Corazza, discutiram que a falta de uso do fotoprotetor diariamente é uma questão cultural do brasileiro, e que esse hábito deveria ser ensinado dentro das escolas.

As mulheres brasileiras são muito vaidosas, e tomar sol, ficar com a pele bronzeada, é visto como algo positivo. Segundo o dermatologista, os riscos de se obter câncer de pele não é um argumento convincente para suas pacientes. É mais eficaz mostrar como os raios solares agridem a pele, tornando-a cada vez mais envelhecida. Visto isso, dá pra se ter uma ideia do tamanho do desafio!

André ressaltou que as embalagens desses produtos não são tão facilitadoras, além da textura que também pode ser um problema. Outro ponto a se pensar é: por que a mídia só divulga os filtros solares durante o verão? O correto é usar o protetor diariamente e repassá-lo ao longo das horas.
Após o primeiro tema, Julio Bombonati, gerente de mercado da D'Altomare Química “A Univer Company” (distribuidora brasileira de especialidades químicas), apresentou algumas tendências do mercado, como a busca do consumidor pelo FPS, a textura e o sensorial dos fotoprotetores. Logo após, Rodrigo Kurata, gerente de marketing da IMS Health apresentou o tema: "protetor solar e o varejo farma".

Representando a Lubrizol do Brasil, Claudio Ribeiro (skin care aplication) argumentou que aumentar o FPS dos filtros solares pode justamente piorar seu sensorial. Em contrapartida, os cristais líquidos são eficientes para equilibrar essa formulação. Ressaltou que os produtos precisam ser resistentes à água, para aumentar sua eficácia.

Outro fator primordial na composição dos fotoprotetores é a sinergia entre os filtros. De acordo com Luciana Wendel Uttembergue, gerente regional Técnica da DSM, a junção do polisilicone 15 com um hidrossolúvel seria a combinação ideal.

Por fim, Karin Baroni, gerente de assuntos regulatórios e desenvolvimento de produto da Melora do Brasil e Alberto Keidi Kurebayashi, conselheiro da Associação Brasileira de Cosmetologia e Diretor da Protocolo Consultoria, formaram um painel com o tema: "Cosmético ou Medicamento?" Durante a conversa, ficou claro que é melhor o fotoprotetor continuar na categoria dermocosmético, e que o importante mesmo, é fazer com que o produto chegue até o consumidor.
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