Indústria de beleza cresce 0,6% em valor de janeiro até maio de 2020

Indústria de beleza cresce 0,6% em valor de janeiro até maio de 2020

Indústria de beleza cresceu 0,6% em valor e 2,8% em tonelada entre janeiro e maio de 2020.
Para o ano, expectativa das empresas colhida pela ABIHPEC é de 1,1%.
Em 2019, vendas do setor foram de R$ 55,7 bilhões

A indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos viu as suas vendas crescerem levemente nos primeiros cinco meses deste ano. De acordo com dados do Simulador de Mercado da ABIHPEC, que representa cerca de 80% da produção industrial do setor, as vendas ex-factory (preço de saída de fábrica) avançaram 0,6% em valor e 2,8% em volume quando comparado com os mesmos cinco meses de 2019. 

O resultado reflete, em grande parte, o aumento expressivo no consumo de produtos de higiene pessoal diretamente relacionados com a prevenção e o combate ao novo coronavírus. Esses itens foram agrupados pela ABIHPEC na "cesta da COVID-19", que abrange álcool em gel, sabonetes (líquido e em barra), papel higiênico e lenços e toalhas de papel.

Dentre esses itens, o álcool gel foi, de longe, o que mais cresceu. O volume nos primeiros cinco meses do ano somou 6,3 mil toneladas, avanço de impressionantes 3127% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em valor, a categoria cresceu 2206%.

Entre os produtos diretamente relacionadas ao combate do coronavírus, segue em destaque o álcool em gel: de janeiro a maio deste ano, o item vendeu mais de 6.3 mil toneladas contra 0,2 mil toneladas no mesmo período em 2019, correspondendo a um crescimento de 3.127% (Volume/ton) e 2.206% em valor de vendas. A venda de sabonetes líquidos avanço 18,9% em valor e 24,3% em toneladas. Ja a madura categoria de sabonetes em barra cresceu 6,5% em valor.

Os itens do segmento de Tissue também performaram muito bem no período, com aumento de 24,8% em toneladas e 23,8% em valor (vendas ex-factory). Em volume,  toalhas de papel multiuso registraram um crescimento de 41,6%, lenços de papel de 37,2% e papel higiênico de 24,1%.

Para a ABIHPEC, dadas as condições de restriçoes a abertura do comércio e as regras de isolamento social em boa parte do País, o crescimento de 0,6% é visto pelo setor de forma positiva. O presdente-executivo da entidade, João Carlos Basilio, reforça que, para além da crise instalada pela pandemia e o difícil contexto econômico do país, o desempenho de janeiro a maio de 2020 também reflete os efeitos do aumento da carga tributária sofrido pelo setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos nos últimos anos, que impacta no preço dos produtos ao consumidor final. Atualmente, o mercado de beleza é o segundo setor mais tributado do País.

Olhando apenas para o mês de maio, em 2020 as vendas do setor cresceram 5,2% em valor e 4,3% em volume, refletindo, muito possivelmente, um impacto positivo do Dia das Mães. O segmento de perfumaria viu alta de 7,2% em valor e de 8,9% em toneladas em maio de 2020 na comparação com maio do ano passado.

Olhando para o final do ano, as empresas do setor esperam um melhor resultado no segundo semestre deste ano. De acordo com dados de expectativa para o crescimento do mercado em 2020, a média das projeções colhidas pela ABIHPEC junto as empresas do setor é a de um avanço de 1,1%, seguindo um ritmo de recuperação mais contida, uma vez que o cenário segue bastante desafiador.

Em 2019, o setor de HPPC registrou um crescimento de 4,2%, atingindo vendas de R$ 55,7 bilhões (ex-factory).

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