Ninguém esperava nada diferente. 2015 foi um ano catastrófico para a indústria de beleza que viu as suas vendas fecharem o ano que passou com queda real de 6% (já descontando a inflação do período). Trata-se da primeira retração do setor em mais de duas décadas de acordo com a ABIHPEC, responsável pelo levantamento. De acordo com a entidade a alta carga tributária, o cenário político econômico instável, a crise hídrica que se refletiram na mudança de hábitos do consumidor, foram determinantes para o mau desempenho.

Com a queda do faturamento o nível de emprego nas indústrias do setor também sofreu queda, de 2%, contra um incremento de 2,2% em 2014.

Para 2016, a ABIHPEC acredita que o impacto do aumento do IPI, que passou a valer em maio do ano passado, na cesta de produtos de higiene e beleza será ainda maio neste ano. Por fim, muitos estados estão elevando a carga tributária de diversos produtos relacionados com o setor. No Paraná, a carga tributária dos protetores solar terá um aumento de 108%, enquanto em Minas Gerais, o governo elevou em 125% a carga tributária dos cremes dentais e em 50% o de itens como sabonete e papel