Ranking IBEVAR 2014 aponta as 120 maiores companhias do varejo brasileiro

Em sua quarta edição, o levantamento mais detalhado do setor mostra que, juntas, as 120 maiores faturaram quase R$ 380 bilhões
 
O IBEVAR – Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo – divulgou o ranking das 120 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro. O levantamento, realizado pelo PROVAR (Programa de Administração de Varejo da FIA) e com o apoio da PwC Brasil, mostra que, juntas, as 120 empresas ranqueadas faturaram R$ 379 bilhões no ano passado. Esse conjunto representa quase 30% de todo consumo de bens no Brasil, excluindo- se a venda de automóveis e combustíveis. Este valor é 13,2% maior que o observado em 2012, que era de R$ 326 bilhões.

Quanto à posição do ranking, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) continua no topo da lista com faturamento de R$ 64.4 bilhões no período. O GPA lidera o chamado “clube do bilhão” - título conferido às 82 empresas que superaram R$ 1 bilhão em faturamento anual. No ranking deste ano, passaram a fazer parte do seleto grupo 10 novas empresas: Arezzo, Dia Brasil, EletroZema, Grupo Claudino, Leo Madeiras, Lojas Quero-Quero, Restoque, Supermercados Mundial, Tellerina (Vivara e Etna) e Tok & Stok. Entre os dez maiores, na categoria de drogarias e perfumarias, destaca-se O Boticário na 8ª colocação e a rede Raia Drogasil na 10ª.

Espaço para crescimento – se compararmos o faturamento da primeira empresa (GPA) do ranking com a que ficou na 10ª posição (Raia Drogasil), é possível notar uma diferença dez vezes maior. Esse intervalo sugere que há espaço para a entrada de novos competidores no mercado e também a possibilidade de futuros movimentos de fusões e aquisições.

Essa distribuição do faturamento entre as empresas ranqueadas já apresenta alguma mudança. “Embora as dez maiores concentrem 51% do bolo, observa-se certa desconcentração de 2012 para 2013. Enquanto o faturamento do grupo completo cresceu 13,2% nesse período, as cinco maiores varejistas aumentaram suas vendas em 10,7%”, analisa o professor Claudio Felisoni de Angelo (na foto abaixo), presidente do Conselho do IBEVAR e do PROVAR. 

Além do faturamento, o ranking traz uma relação entre produtividade e número de lojas. “Examinando os resultados fica nítido que a variação da produtividade do trabalho é sensivelmente menor que a detectada para a variável loja. Esse resultado se explica pela relativa padronização da operação comercial em contraponto com a ampla diversidade dos formatos de lojas”, esclarece Jorge Inafuco, diretor da PwC Brasil e especialista em consumo e varejo.

O ranking das 120 maiores empresas de varejo foi desenvolvido em duas grandes etapas. Na primeira construiu-se o cenário da economia em 2013, em seguida relacionaram-se as empresas separando-as em seus principais segmentos.

Ao traçar as perspectivas do consumo, Nuno Fouto, professor e Diretor de Pesquisas do PROVAR, resume os fatores que explicam a evolução das vendas. “O faturamento do varejo depende essencialmente de três variáveis de acordo com sua importância: a massa real de rendimentos, o volume de crédito e a relação prazo – juros. Essas variáveis explicam 81% das vendas”.

É com base nessas relações que o ranking finaliza as projeções do crescimento das vendas.  O professor Felisoni explica que essa é uma iniciativa singular. Embora outros levantamentos identifiquem também as empresas com maior faturamento, apenas o Ranking IBEVAR trata especificamente das organizações varejistas que operam no território nacional. “Para todo aquele que quer conhecer em detalhes o varejo no Brasil, essa é uma grande fonte de referência”, sugere o professor Felisoni.
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