Workshop da Cusman discute mercado de beleza masculina com suas tendências e desafios

O mercado de beleza masculina vem se tornando um nicho cada vez mais importante para o setor e para economia, além de se demonstrar uma oportunidade única de novos negócios, produtos e serviços. Os fatos e os números demonstram que esta é uma categoria que cresce de maneira firme e vertical.

Dados da Euromonitor indicam que a categoria masculina arrecadou em 2012, US$ 4.3 bilhões em vendas o que significa uma evolução de 131,3% se compararmos com as vendas do ano de 2007, quando foi registrado US$ 1.9 bilhões,esse cenário positivo ainda conta com a seguinte estimativa: em 2017, esta categoria irá arrecadar US$ 7.9 bi, o que indicará um crescimento de 82,8%, desde 2012.

Antecipando-se à tendência e com o objetivo de traçar contornos mais específicos sobre o tema para o mercado, a Cusman realizou no dia 11 de novembro mais um Workshop no Hotel Blue Tree Paulista sob a temática: “O Mercado de Beleza Masculina no Brasil – Cenários e Tendências”.

A primeira palestra foi ministrada por Miguel Icassatti, editor-chefe da Revista MensHealth, que traçou um perfil do homem moderno com seu comportamento e preferências de consumo.

O editor participou também do primeiro painel do dia ao lado de Sônia Corazza, diretora técnica da Corazza Inteligência em P&D Cosmética. Ambos dissertaram sob a égide “Painel consumo masculino: quais os desafios de estabelecer uma rotina de cuidados com a beleza para o homem contemporâneo”. Sônia ressaltou a importância da multifuncionalidade para esta categoria e a necessidade da educação masculina para o consumo de produtos de cuidados pessoais. Para Miguel a abordagem dessa “educação” tem de ser diferenciada, já que, para os cabelos, por exemplo, o homem está mais interessado em estilo do que em hidratação.

O case da linha de cuidados masculinos Dr. Jones foi apresentado por Guilherme Campos, sócio-fundador da marca. Lançada em dezembro de 2012, Dr. Jones veio para atender a um homem com novos interesses e atividades, e novo perfil de consumo e visual e apostou em uma comunicação objetiva e em produtos que atendam às necessidades masculinas. O hidratante, por exemplo, é em formato de spray e não “meleca” e o desodorante para os pés impede o temido “chulé” causado pela transpiração excessiva e pela proliferação de micro-organismos. A jovem marca aposta na distribuição seletiva – seus principais revendedores são Sephora, Panvel, Onofre e The Beauty Box – e em estratégias diferenciadas como co-branding com grifes de roupa masculina para estabelecer a marca junto ao público-alvo.

Magdalena Fuenzalida, gerente de Marketing LATAM da CRAMER – patrocinadora do evento – falou sobre “fragrâncias que seduzem: estética olfativa masculina” ressaltando a importância da perfumaria para os homens e relacionado as fragrâncias que mais fazem sucesso entre eles.

No case da Bozzano, Leandro Lima Andrade, coordenador de desenvolvimento de embalagem da Hypermarcas, apresentou a reformulação de toda a marca. Com novas embalagens e mudanças em algumas fórmulas da linha, a Bozzano teve o desafio de aliar inovação e tradição, mantendo-se competitiva no mercado masculino. Jovialidade e Tecnologia foram conceitos explorados para essas mudanças.

No painel final o ponto de venda foi discutido por nomes de peso do mercado como Rubens Pecoraro Junior, consultor sênior da Kantar Retail; Harumi Iamamoto, gerente de trade da Nivea; Blanca Liane, diretora executiva da Lexus Group; e André Elias Gonçalves, especialista em varejo. Dois pontos foram consensuais entre os especialistas: é a indústria que traz mudança para o mercado – por isso é ela que precisa gerar essa demanda – e o varejo não se movimentou ainda em relação ao mercado de beleza masculina porque não há produtos suficientes para isso.  

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