Mudanças na Tributação: Abihpec aguarda publicação no Diário Oficial e quer conversar com o governo

Após o governo federal anunciar na noite de ontem (19/01/2015) diversas alterações em sistemas de Tributação – entre elas, a equiparação da cobrança do IPI do atacadista ao industrial –, o mercado cosmético, que já estava atento em meio a muitos boatos, está agitado. Isso porque, tais mudanças deverão impactar diretamente na rotina financeira das empresas que atuam neste segmento.

Entretanto, por enquanto, há muitas dúvidas no ar. Por conta disso, a principal entidade representante deste setor, a Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, preferiu adotar a cautela neste momento e informou que se pronunciará em relação ao aumento de impostos sobre o setor apenas quando o decreto for publicado no Diário Oficial.

“Tudo que falarmos neste momento serão suposições. Assim que o decreto sair iremos analisar os impactos sobre o setor e posteriormente falaremos com toda a imprensa sobre o tema”, disse João Carlos Basilio, presidente da ABIHPEC, entidade que representa globalmente a indústria brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.

Mais tarde, a entidade revelou ainda que tem a expectativa de que o governo convide-os para debater o tema, como ocorreu historicamente, antes da publicação de qualquer medida.
 
“Sempre houve diálogo entre o setor público e privado. Isto garantirá a segurança dos investimentos e manterá a confiança nas boas relações entre Governo e sociedade civil. O setor quer ter a oportunidade de mostrar que as implicações das medidas anunciadas pelo Governo, se aplicadas, prejudicarão o desempenho econômico desta indústria”, completou o dirigente.

A entidade ainda citou um estudo da LCA, que demonstra que este é o 3º setor mais tributado do País. Além disso, visando sensibilizar o governo, a Abihpec convocou os presidentes das principais companhias para que reforcem o pleito de pedido de audiência contatando diretamente os Gabinetes dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Joaquim Levy (Fazenda). “Continuamos na expectativa de que o Governo nos receba para debater o tema, a fim de apresentarmos as implicações negativas sobre o setor e a sociedade caso as medidas sejam mantidas”, emendou João Carlos Basilio.

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